quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Prece a Iansã



Prece a Iansã

Saravá Iansã a grande guerreira, Orixá do raio e do vento, que ajuda com sua energia vencer as lutas e as dificuldades.
Saravá Senhora Rainha dos ventos proteja todos nós.
Oyá Deusa do rio Niger, senhora dos ventos e das tempestades. Coloco em tuas mãos minhas ações na luz de tua luz, eu te consagro todos os minutos e horas desse dia, meus trabalhos, minhas preocupações, meus desejos, os meus laseres são teus.
Daí - me hoje a tua luz poderosa para que eu compreenda todo bem que preciso fazer e tenha força para não ceder o mal que tenta bater em minha porta, que eu consiga ser mais fraterno, mais irmão, mais compreensivo e capaz de perdoar.
Dirija meus passos no caminho do bem e do amor, e hoje mais que ontem todos nós possamos contar com sua orientação, com a tua benção, com o teu amor.
Com tua espada haveremos de cortar as demandas dos invejosos, dos falsos, dos inimigos, dos olhos grandes, que necessitam de enxergar a verdade.
Dando conformação aqueles que sofrem, com a força dos teus raios, nós te pedimos, que acenda a chama da vida dos que estão desenganados, de a eles força para continuar lutando na cura de seus males.
Saravá Iansã majestosa Senhora a vossa proteção em vosso louvor em brado unidos saudamos.
Eparrei Iansã
Eparrei Oyá

Umbanda



Umbanda
Imagine um abraço fraterno em 360 graus: isso é Umbanda.
Imagine uma vela acesa com fé gerando mais energia que uma usina nuclear: isso é Umbanda.
Imagine Divindades, Anjos, Santos, Sábios, Magos, Gênios, Sacerdotes, Xamãs, Babalaôs, Pajês, Iniciados, Cientistas, Curadores, trabalhadores da Caridade de todas as épocas e culturas voltando à Terra para restaurar a Paz e Lei Maior: isso é Umbanda.
Imagine a última peça que falta no milenar “quebra-cabeça” que compõem a sua Alma: isso é Umbanda.
Imagine traumas, neuroses, fobias, vírus e bactérias físicas e astrais sendo dissolvidos na baforada de um cachimbo: isso é Umbanda.
Imagine a Pemba traçando e reproduzindo os Códigos Sagrados da Criação: isso é Umbanda.
Imagine o padê de Exu promovendo a harmonia entre Luz e Trevas: isso é Umbanda.
Imagine o médium descalço vestido de branco iluminando-se por dentro: isso é Umbanda.
Imagine o consulente confortado e esclarecido subindo mais um degrau evolutivo: isso é Umbanda.
Imagine o Homem servindo a Natureza e a Natureza servindo o Homem: isso é Umbanda.
Imagine o sal das lágrimas misturando-se ao sal do Mar, Ventre de Yemanjá: isso é Umbanda.
Imagine a flecha certeira de Oxossi alinhando Razão, Emoção e Ação: isso é Umbanda.
Imagine a espada de Ogum abrindo caminho no cipoal das ilusões humanas: isso é Umbanda.
Imagine o machado de Xangô aparando as arestas do Karma Planetário: isso é Umbanda.
Imagine Oxalá retirando os espinhos de teu coração e Oxum cobrindo com mel teus ferimentos: isso é Umbanda.
Agora, deixe de imaginar...
Pois tudo isso não é sonho, é realidade vivida e sentida a toda hora, todo dia, ao som de um belo ponto cantado:
No abraço do Caboclo,
No toque do Preto Velho
Na brincadeira da Criança,
No olhar do Exu Guardião,
No sorriso do Baiano,
No balanço do Marinheiro,
No encanto da Cigana,
Na ginga do Malandro,
No laço do Boiadeiro...
Meu filho: ISSO É UMBANDA!
Mensagem do Caboclo Yguaratan

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Reconhecendo entidades menos evoluidas



Há alguma confusão sobre seguir ou não o conselho de um Guia em particular. Dependerá de saber usar sua habilidade natural para discenir e reconhecer a sabedoria, ou ausência dela.


Quando você recebe um conselho de seu Guia, ou do Guia de outra pessoa, você deve se perguntar:

Será correto seguir essa informação?

Essa informação me limita, ou me expande?

Ela é precisa?

Tem um valor prático para mim e posso utilizá-la imediatamente?

Está de acordo com a minha verdade interior?

Como me sinto diante dela, me incomoda ou não?

Que sinto diante desta informação? Raiva, medo, ou alegria, paz...

De que modo a entidade se expressa diante de mim? (Com agressividade ou com amor? Com autoridade, ou com suavidade? etc.)

Lembre-se da última vez que recebeu um conselho de algum amigo, ou de um Guia, e que não deu certo. Não é verdade que havia uma parte sua que não queria seguir este conselho?

Em geral, você sabe o que é melhor para você. Filtre a informação que recebeu, cuidadosamente. Utilize seu senso comum para decidir se você deve ou não utilizar essa informação. Não aceite, cegamente, informações sobre sua vida. Os Guias elevados te ajudarão a obter maior confiança em sua própria verdade. Os conselhos canalizados só devem ser seguidos se os sentem como verdadeiros, e não somente porque foram canalizados. Faça somente as coisas que são boas e corretas para você.

Aceite as mensagens que te pareçam verdadeiras, no fundo do seu SER.

Como reconhecer entidades que são espiritualmente menos desenvolvidas?


Algumas delas adoram, lhes encantam fazer previsões de natureza desastrosa e gostam de grandes emoções, tais como utilizar o medo que eles podem gerar nas pessoas. As predições dessas entidades podem falsamente aumentar o ego das pessoas, ao afirmar que se tornarão ricas ou famosas, quando isso claramente não está determinado para o seu caminho. Saberás e sentirás sempre que estiver conectado a um Guia de baixa vibração. Ficarás com medo, debilitado, deprimido ou preocupado com respeito a sua vida, depois de ouvir suas informações e conselhos.

As entidades menos evoluídas podem te levar a cometer uma ação, que em seu interior sabes não ser a mais elevada. Entidades menos evoluídas, em geral, atuam nas relações entre amigos, tentando gerar sentimentos vingativos. Ou podem sugerir que se protejam de medos e perigos, que você mesmo não está vendo. Algumas entidades, particularmente as menos evoluídas, pesam suas emoções intensas e tentarão trazer-las para fora. Outras simplesmente gastam seu tempo te dando informações inconsequentes ou inadequadas. Entidades menos evoluídas falam com pretensão, de trivialidades, ou dizem coisas de um modo que aparenta ser profundo, mas que na realidade, não dizem nada de valor.

Os Guias menos evoluídos não têm nenhum compromisso de elevar sua energia. Não estão interessados em seu crescimento espiritual, e talvez nem sequer conheçam os caminhos que levam ao crescimento espiritual. Eles não têm consciência da corrente de evolução da Humanidade. Você reconhecerá isto, já que o conselho que te darão, poderá até parecer interessante, mas não terá nenhum valor prático para você.

Eles podem não ser más entidades, mas não vão compartilhar suas metas ou propósitos, nem tampouco entendem seu próprio destino e desse modo, não te podem guiar. Estas entidades não podem te afetar de forma alguma, ainda que você possa vivenciar algum desconforto , ou negatividade. Eles podem até ser muito bem intencionados, mas é provável que eles estejam no mesmo grau de evolução que você. Saberás se são menos evoluídos, ao notar sua falta de uma compreensão maior, e sua ausência de sabedoria.

Existe um nível de realidade, que possui uma freqüência, ou ritmo, fora de nossa realidade, conhecido como Plano Astral. É para onde vão muitas almas, entre uma e outra vida. Nos níveis inferiores do Plano Astral, existem muitas entidades que querem voltar para a Terra e eles podem querer viver a vida através de você. Em geral, eles não têm más intenções, somente ignorância. Os reconhecerão quando se aproximam mais, devido a que você poderá sentir seus medos emocionais, dores e incertezas. Você principalmente sentirá sua falta de paz. A maioria das almas deste nível, não estão suficientemente evoluídas, a ponto de te ajudar e recomendamos que não canalize tais entidades. Elas representam uma seção cruzada da Humanidade e de todos os caminhos da vida. São entidades ligadas à Terra, e pode ser que nem saibam que estão mortas. Se notar que é assim, diga a eles para ir para a luz.


Os Guias falarão através de você, somente com a sua permissão.


Nós te recomendamos que nunca tragas estes seres dentro do seu corpo, nem que os canalize verbalmente. Seguramente, você os conhecerá e saberá que sua vibração e sentimentos não são elevados. Você se sentirá pesado, ou com resistência em relação a eles.

Eles não poderão te tomar inteiramente, porque a Terra tem uma vibração superior à deles, o que dificulta sua penetração em nosso plano. Você é o único que tem o controle dentro desta realidade. Sua curiosidade, sua vontade de lidar com eles, poderão mantê-los ao seu redor. Seja firme, e rompa a ligação. Se você perguntar se ele ou ela pertencem à Luz, eles não te dirão que sim, se não forem, de fato. Os Guias não irão te enganarão. Peça sempre por um Guia elevado e ele estará aí para você.

Um Guia elevado te ajudará a sentir compaixão por você e pelos demais.

Se entidades que não são elevadas desejam falar através de você, simplesmente diga que NÃO, com firmeza e claridade. Ao canalizar seu Guia, saberás como ele ou ela é. Será impossível para outro ser te enganar. Um Guia elevado te fará vivenciar um estado generalizado de bem estar. Te sentirás elevado e feliz. Se você se sentir deprimido, triste ou com raiva, seguramente não estará na presença de um Guia elevado. Peça para que este se vá, e peça a presença de um Guia elevado.


Há alguma confusão sobre seguir ou não o conselho de um Guia em particular. Dependerá de saber usar sua habilidade natural para discenir e reconhecer a sabedoria, ou ausência dela.


Quando você recebe um conselho de seu Guia, ou do Guia de outra pessoa, você deve se perguntar:

Será correto seguir essa informação?

Essa informação me limita, ou me expande?

Ela é precisa?

Tem um valor prático para mim e posso utilizá-la imediatamente?

Está de acordo com a minha verdade interior?

Como me sinto diante dela, me incomoda ou não?

Que sinto diante desta informação? Raiva, medo, ou alegria, paz...

De que modo a entidade se expressa diante de mim? (Com agressividade ou com amor? Com autoridade, ou com suavidade? etc.)

Lembre-se da última vez que recebeu um conselho de algum amigo, ou de um Guia, e que não deu certo. Não é verdade que havia uma parte sua que não queria seguir este conselho?

Em geral, você sabe o que é melhor para você. Filtre a informação que recebeu, cuidadosamente. Utilize seu senso comum para decidir se você deve ou não utilizar essa informação. Não aceite, cegamente, informações sobre sua vida. Os Guias elevados te ajudarão a obter maior confiança em sua própria verdade. Os conselhos canalizados só devem ser seguidos se os sentem como verdadeiros, e não somente porque foram canalizados. Faça somente as coisas que são boas e corretas para você.

Aceite as mensagens que te pareçam verdadeiras, no fundo do seu SER.

Como reconhecer entidades que são espiritualmente menos desenvolvidas?


Algumas delas adoram, lhes encantam fazer previsões de natureza desastrosa e gostam de grandes emoções, tais como utilizar o medo que eles podem gerar nas pessoas. As predições dessas entidades podem falsamente aumentar o ego das pessoas, ao afirmar que se tornarão ricas ou famosas, quando isso claramente não está determinado para o seu caminho. Saberás e sentirás sempre que estiver conectado a um Guia de baixa vibração. Ficarás com medo, debilitado, deprimido ou preocupado com respeito a sua vida, depois de ouvir suas informações e conselhos.

As entidades menos evoluídas podem te levar a cometer uma ação, que em seu interior sabes não ser a mais elevada. Entidades menos evoluídas, em geral, atuam nas relações entre amigos, tentando gerar sentimentos vingativos. Ou podem sugerir que se protejam de medos e perigos, que você mesmo não está vendo. Algumas entidades, particularmente as menos evoluídas, pesam suas emoções intensas e tentarão trazer-las para fora. Outras simplesmente gastam seu tempo te dando informações inconsequentes ou inadequadas. Entidades menos evoluídas falam com pretensão, de trivialidades, ou dizem coisas de um modo que aparenta ser profundo, mas que na realidade, não dizem nada de valor.

Os Guias menos evoluídos não têm nenhum compromisso de elevar sua energia. Não estão interessados em seu crescimento espiritual, e talvez nem sequer conheçam os caminhos que levam ao crescimento espiritual. Eles não têm consciência da corrente de evolução da Humanidade. Você reconhecerá isto, já que o conselho que te darão, poderá até parecer interessante, mas não terá nenhum valor prático para você.

Eles podem não ser más entidades, mas não vão compartilhar suas metas ou propósitos, nem tampouco entendem seu próprio destino e desse modo, não te podem guiar. Estas entidades não podem te afetar de forma alguma, ainda que você possa vivenciar algum desconforto , ou negatividade. Eles podem até ser muito bem intencionados, mas é provável que eles estejam no mesmo grau de evolução que você. Saberás se são menos evoluídos, ao notar sua falta de uma compreensão maior, e sua ausência de sabedoria.

Existe um nível de realidade, que possui uma freqüência, ou ritmo, fora de nossa realidade, conhecido como Plano Astral. É para onde vão muitas almas, entre uma e outra vida. Nos níveis inferiores do Plano Astral, existem muitas entidades que querem voltar para a Terra e eles podem querer viver a vida através de você. Em geral, eles não têm más intenções, somente ignorância. Os reconhecerão quando se aproximam mais, devido a que você poderá sentir seus medos emocionais, dores e incertezas. Você principalmente sentirá sua falta de paz. A maioria das almas deste nível, não estão suficientemente evoluídas, a ponto de te ajudar e recomendamos que não canalize tais entidades. Elas representam uma seção cruzada da Humanidade e de todos os caminhos da vida. São entidades ligadas à Terra, e pode ser que nem saibam que estão mortas. Se notar que é assim, diga a eles para ir para a luz.


Os Guias falarão através de você, somente com a sua permissão.


Nós te recomendamos que nunca tragas estes seres dentro do seu corpo, nem que os canalize verbalmente. Seguramente, você os conhecerá e saberá que sua vibração e sentimentos não são elevados. Você se sentirá pesado, ou com resistência em relação a eles.

Eles não poderão te tomar inteiramente, porque a Terra tem uma vibração superior à deles, o que dificulta sua penetração em nosso plano. Você é o único que tem o controle dentro desta realidade. Sua curiosidade, sua vontade de lidar com eles, poderão mantê-los ao seu redor. Seja firme, e rompa a ligação. Se você perguntar se ele ou ela pertencem à Luz, eles não te dirão que sim, se não forem, de fato. Os Guias não irão te enganarão. Peça sempre por um Guia elevado e ele estará aí para você.

Um Guia elevado te ajudará a sentir compaixão por você e pelos demais.

Se entidades que não são elevadas desejam falar através de você, simplesmente diga que NÃO, com firmeza e claridade. Ao canalizar seu Guia, saberás como ele ou ela é. Será impossível para outro ser te enganar. Um Guia elevado te fará vivenciar um estado generalizado de bem estar. Te sentirás elevado e feliz. Se você se sentir deprimido, triste ou com raiva, seguramente não estará na presença de um Guia elevado. Peça para que este se vá, e peça a presença de um Guia elevado

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Quem são os seus guias

Quem são Seus guias te escolheram para trabalhar com eles, em função da similaridade de metas e propósitos.


Nem todas as entidades dos reinos elevados escolhem ser um Guia, assim como nem todos os seres humanos elegem ser um canal. Trabalhar nos planos elevados é tão variado como pode ser o trabalho que é feito aqui na Terra. Os guias são seres altamente habilidosos para transmitir energia desde a dimensão deles até a nossa.

Isso requer uma imensa quantidade de energia, desde o plano deles até o nosso e isso é feito, quase sempre, através do amor puro e da devoção que eles têm pela Humanidade, com o fim de transmitir suas idéias elevadas. Quando você chega ao nível de fazer um serviço altruísta, como o da canalização para a Humanidade, é que já estás em um caminho de rápida evolução. Os guias te escolheram, devido ao alinhamento entre suas metas e as deles, e também, porque eles te amam.

Quando os Guias falam com você, outros dos Reinos Superiores têm que ajudar nesta conexão, amplificando a energia dos Guias, já que sua substância é tão fina, que eles necessitam esse foco e essa ampliação para chegar até você. A vibração deles é tão expandida e vasta, que reduzí-la a freqüências que você pode segurar em sua mente requer muita prática, habilidade e decisão. Eles têm que ajustar o processo deles de percepção, aos conceitos diferentes e compreensão nossa. Para se conectar conosco, eles têm que ser capazes de trabalhar com a energia e com os campos eletromagnéticos, a níveis refinados e sutis.

O plano Causal é muito elevado e compreende uma dimensão de vibração muito fina, onde você somente poderá existir depois desta vida, quando já tenha harmonizado muitas de suas energias, e evoluído até um estágio elevado.

A maioria das almas vai para o Plano Astral quando morre, pois elas ainda não estão suficientemente evoluídas para viver no Plano Causal. Muitos Guias elevados são originários deste Plano Causal, ou mais além, como da Realidade Multidimensional. Para viver nestas outras dimensões, é necessário obter a Mestria das polaridades, e também um grau avançado de controle sobre as emoções e a mente, além da habilidade de utilizar energia.

Alguns Guias viveram na Terra, evoluíram rapidamente, aprenderam com afinco as lições, e são agora puro Espírito no Plano Causal, evoluindo ainda mais, por estarem servindo à Humanidade. Outros procedem da Realidade Multidimensional e são seres extremamente elevados nos seus próprios sistemas.

Alguns de vocês podem escolher canalizar seu EU MAIOR. Este pode lhes dar amor, compaixão, direção espiritual e conselhos sábios. Ambos, seu Guia e seu Eu Superior, estão aqui para ajudar com seu crescimento, impulsionar-te para cima e guiar-te para conseguir alcançar seu Propósito Maior.

Os Guias podem aparecer ante seu olho interno, com nacionalidades diferentes, ou com roupas próprias de seu país de origem. Alguns vêem seus Guias como luz. Outros os percebem como som, e outros como aberturas no coração. Conforme você se acostumar a visualizar em planos de vibração elevada, logo serás capaz de ver seus Guias com claridade. Alguns vêem seus Guias como figuras conhecidas, tais como Cristo, Buda, ou anjos, que representam um grande amor e grande sabedoria para eles.

Os Guias podem aparecer como homem ou mulher, apesar de que nos reinos de pura energia não exista a polaridade, e assim, eles realmente não são homens, nem mulheres. Os Guias escolherão uma entidade mais de acordo com o que eles vieram fazer aqui. Uma que lhes ajude a relacionar-se mais fácilmente contigo. Se, pela natureza de seu trabalho, desejam tomar uma forma que manifeste qualidades suaves, então escolheram uma forma feminina.

Geralmente, o Guia que deseja representar o papel masculino tomará então uma aparência masculina. Alguns adotarão a aparência de uma vida anterior que tenham vivido na Terra, e até podem usar o mesmo nome. Existem tantas identidades para os Guias, como as que existem para as pessoas. Sendo assim, fique alerta e más receptivo para qualquer forma ou aparência com a qual o seu Guia se apresente a você, seja ele ou ela.

Alguns Guias são puramente intelectuais e gostam de distribuir novas idéias sobre Ciência, Lógica ou novos sistemas de pensamentos. Algumas entidades de outras dimensões pertencem ao mundo das essências, que está mais além de todas as formas. Estes deverão ser canalizados por pessoas que não estão preocupados com formas, com detalhes, ou que sejam específicos sobre sua vida e seu trabalho. Os que desejam lidar diretamente com energias, ou outros modos que envolvam experiências com a essência da energia, são os indicados.

Se estás buscando conselhos específicos destes Guias sobre aonde viver, ou que negócio fazer, tavez você fique decepcionado. Por outro lado, se desejas trabalhar com a energia, através do toque, ou algum trabalho com o corpo, eles poderão te ajudar a produzir resultados surpreendentes. Se você quer trabalhar com a natureza da realidade, eles serão capazes de te dar grandes explicações. Mesmo nos níveis mais elevados, os Guias têm diversos talentos e áreas de extrema habilidade, como você nessa Terra. Alguns podem ser muito bons dando conselhos concretos, solucionando problemas ou te ajudando em sua vida diária. Outros são bons em te dar inspiração, conversas informativas, ou explicando verdades espirituais. Se você lhes fizer uma pergunta que está fora da especialidade deles, eles buscarão esta informação e a trarão até você.

Não pense que por canalizar um Guia, estarás capacitado a fazer tudo. Os Guias te escolhem porque você está mais alinhado com a informação que eles querem trazer à Terra. De modo geral, tudo o que você tem desejado fazer, ou já está fazendo na sua vida, continuará a desenvolver-se com a ajuda de seu Guia.

Alguns Guias são chamados de “Seres de Luz” porque eles trabalham com a luz e utilizam a linguagem da luz.

Muitos Guias de níveis elevados são quase energia pura. Evoluíram seus espíritos e se tornaram um facho de luz. Alguns têm sido denominados Seres de Luz, porque eles trabalham com um espectro da luz e utilizam a linguagem da luz, transmitindo os impulsos do pensamento, diretamente para as almas daqueles com quem trabalham. Estes Seres de Luz são capazes de navegar na Quarta Dimensão, tanto quanto na Quinta ou em outras Dimensões mais elevadas.

São tantos os lugares de onde podem vir os Guias, que é melhor não se preocupar com isso, e assim não fazer nenhuma diferenciação entre eles, pois todos eles trabalham por para o seu bem maior. Almas de todos os níveis de mestria podem existir, em todas as Dimensões.

As entidades podem vir de distintas dimensões e se encontrar em níveis diferentes dentro de sua própria evolução. Grandes professores existem em todos os planos da realidade. É muito importante saber que seu Guia é bastante habilidoso e capaz, assim como estar comprometido a ajudar em seu crescimento espiritual.

Guias elevados são fonte de encaminhamento, claridade e direção.

En geral, as pessoas perguntam: Como posso saber se o Guia que atraí é de nível elevado?

Pensamos que todos têm a habilidade de reconhecer um Guia que não é elevado. Quando conheces alguém, tens imediatamente a noção de quão sábias e amáveis elas são. Você sabe se sente bem ao lado dela, ou não. Com um Guia, você pode utilizar o mesmo julgamento que utiliza com as pessoas. Você tem a habilidade de reconhecer a sabedoria. A verdade se sente, como se você já soubesse.

Guias elevados vêm para iluminar teu caminho. Seu único desejo será seu bem total. Eles estão aqui para ajudar em coisas como: Se recordar de quem era, se livrar de seus medos, aprender a se amar e a amar á todos os demais. Eles vêm para aumentar sua alegria e para te ajudar em teu crescimento pessoal e em seu trabalho na Terra.

Guias elevados nem te assustam, nem tampouco elevam seu ego. Eles não elogiam, ainda que aplaudam seu progresso. Eles criam uma noção de percepção mais expandida em todos seus temas e te conferem uma maior visão interior. Eles te animam a usar sua própria sabedoria e discernimento, mais que seguir cegamente eles te dizem. Eles nunca vão te dizer que você deve fazer alguma coisa, ou em tentar determinar um resultado direto para sua vida pessoal.

Eles te ajudam e encorajam a desenvolver e utilizar sua própria força interior e sua sabedoria. Eles não te animarão a ceder seu próprio poder e força para eles. Os Guias elevados, em geral, são humildes e sabem que a verdade deles não é a única. Eles podem sugerir e te ajudar a tomar suas próprias decisões. Os Guias elevados podem te mostrar alguma coisa que não está funcionando na sua vida, mas farão isso de um modo que você se sinta com forças e capaz de resolver seus próprios problemas.

Os Guias elevados raramente prevêem acontecimentos futuros. Quando o fazem, é somente porque a informação é útil para seu crescimento, ou para o bem da Humanidade. Se você receber uma informação de outra pessoa através de seu Guia , e isso fez com que esta pessoa se sinta inferior ou mal consigo mesmo, então você não estava com seu Guia elevado. O seu Guia lhe deixará expandido e animado, dentro do que você é. Eles te ajudam e fortalecem, para que possas te ver de um modo expandido e novo.

Os Guias elevados têm o seu Propósito Maior como sua principal preocupação.


Os Guias elevados se expressam com precisão e dizem muito, com poucas palavras.

Eles ensinam a tolerância e animam a perdoar. Seus conselhos são práticos e seguem o bom senso. Qualquer passo que eles aconselhem, serão úteis e beneficiosos para a vida das pessoas. Os Guias elevados somente falam bem dos demais e das coisas, sempre positivamente, porque a natureza deles está sempre permeada por amor e bondade.

Você pode pedir ao seu Guia que te mostre as lições que você veio aprender aqui. Mas eles vão permitir que você siga na mesma situação, se é o que desejas. Se você está indo em direção a algo que te ensine uma lição, ainda que difícil, eles poderão te mostrar caminhos mais agradáveis para aprender a mesma coisa. Por outro lado, se persistes em teu caminho original, eles não te impedirão. É sua a decisão de aprender através da dor e da luta, ou com graça e suavidade. Os Guias elevados não tirarão isso de você.
Recebi esse texto de um grupo que faço parte.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Quem sou



Sou guia, sou corrente, egrégora e proteção. Sou chapéu, sou terno, gravata e anel. Sou sertão, sertanejo, carioca, paulista, alagoano e Brasileiro. Souza Mestre, Malandro, Baiano, Catimbozeiro, Exu e Povo de Rua. Sou faca, fação e navalha. Sou armada, cabeçada e rasteira. Sou Lua Cheia, sou noite clara, sou céu aberto. Sou o suspiro dos oprimidos, sou a fé dos abandonados. Sou o pano que cobre o mendigo, sou o mulato que sobe o morro e o Doutor que desce a favela.Sou Umbanda, Catimbó e Candomblé. Sou porta aberta e jogo fechado. Sou Angola e sou Regional.
Sou cachimbo, sou piteira, cigarro e fumo de corda. Sou charuto, sou tabaco, sou fumo de ponta, sou brasa nos corações dos esquecidos. Sou jogo derua, sou baralho, sou dado e dominó. Sou cachetinha, sou palitinho, sou aposta rápida. Sou truco, sou buraco e carteado.Sou proteção ao desamparado, sou o cortede demanda e a cura da doença.Sou a porta do terreiro, sou gira aberta e gira cantanda. Sou ladainha, sou hino, sou ponto, sou samba e dou bamba. Sou reza forte, sou benzimento, sou passe e transporte.Sou gingado, sou bailado, sou lenço, sou cravo vermelho e sou rosas brancas. Sou roda, sou jogo, sou fogo. Sou descarrego, sou pólvora, sou cachaça e sou Jurema. Sou lágrima, sou sorriso, sou alegria e esperança. Sou amigo, parceiro e companheiro.Sou Magia, sou Feitiço, sou kimbanda e sou demanda. Sou irmão, sou filho, sou pai, amante e marido. Sou Maria Navalha, Sou Zé Pretinho, sou Tijuco Preto e sou camisa preta.Sou sobrevivência, sou flexibilidade, sou jeito, oportunidade e sabedoria. Sou escola, sou estudo sou pesquisa e poesia. Sou o desconhecido, sou homem de história duvidosa, mas sou a história de muitos homens. Sou a vida a ser vivida, sou palma a ser batida, sou o verdadeiro jogo da vida;
Eu sou Zé Pilintra
(Por Jorge Scritori)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Maria Navalha



HISTORIA DE MARIA NAVALHA

Alguns diziam que ela era mulher de vida fácil, porém ela sempre trabalhou muito para sustentar seu irmão doente mental. Trabalhou no cais, nos mais diversos bares, botecos e Bin bocas que já existiu lá fez fama pelo seu temperamento rude e de difícil amizade, talvez, por sua vida humilde.

Logo após nascer seu irmão houve complicações com o parto, vindo a falecer a Mãe, uma mulher doce e dedicada aos seus filhos e marido. O Pai, um militar muito severo, não conformado, rejeita o próprio filho e foi aí que Maria Regina das Dores, mais tarde chamada de Maria Navalha, se pôs: entre o Pai martirizado pela morte de sua amada e um filho que apresentava uma deficiência mental. Tudo isso a coagiu para uma vida de sofrimentos e angústias. Logo depois, o pai também se foi. Morreu de tristeza, pois não suportou a partida de tão doce mulher.

Após seu falecimento, eles tiveram que se mudar para um lugar muito humilde. Então, Maria Navalha, com seus 14 anos, começa entender que a vida para as mulheres na década de 50 não era tão fácil assim.

Trabalhou em casa de família, mas seu jeito meigo logo atraia os olhares maliciosos de Patrões sedentos de desejos e foi por um deles que ela acabou deixando-se seduzir. Com esse patrão, ela compartilhou 10 anos de sua vida, até que um dia ele se foi sem deixar nenhuma notícia. Ela que sempre foi contra a dependência, logo naquele momento voltava para a rua da amargura com seu irmão que sempre estava ao seu lado. Seu desvio mental em nada comprometia o carinho e afeto de irmão e amigo que ela sentia. Foram muitas as noites que ela se pegou chorando, sem ter o que comer, com fome e frio na rua. Até que um dia se mudaram para o porto, de onde sigo com minha história.

Não demorou e logo arrumou um emprego de garçonete em um prostíbulo. Ela era tão assediada que as meninas que ali ganhavam sua vida vendendo seu corpo se incomodavam com aquela bela jovem que agora já tinha seus 25 anos.



Em meio as várias pessoas que ali freqüentavam, apareceu, um homem negro, bem trajado, de terno de linho branco e com uma gravata vermelha que deixava um ar de conquistador. Ele, então, pediu uma bebida: “me da uma Bhrama de meia minha querida” - disse aquele homem que tremia os olhares enquanto esperava. Em seguida, sacou de seu bolso um baralho com que ficou a cartear em cima da mesa provocando o olhar de muitos ali naquele local. Não demorou muito, chegou o primeiro querendo saber o que mais do que boa pinta o nobre negro vestido tinha a oferecer. Então, ele tirou seu relógio e disse: “tenho isso”. Era um relógio ainda de corrente, muito bonito por sinal. E foi só com isso que ele depenou os pobres freqüentadores do local. Entre uma rodada e outra, seu olhar se virava para a Maria, doce, bela e bonita e ela correspondia com um sorriso de deboche, ao acabar com quase todos ali presentes e com o bolso cheio de “pataco” ele se levantou, como se é de costume e pediu uma Parati (pinga) para finalizar sua noite. Ele nunca passava das 03:00 da manha. Eram ordens expressas de uma vidente. Então, tomou a Pitu, uma pinga que lhe dava ânimo para chegar a sua morada. Antes de sair, agradeceu à Maria e se foi.

Após algumas horas de sua partida, Maria, cansada por mais um dia de exaustivo trabalho, também foi se embora e ao passar por uma viela escura, um caminho mais curto, próximo a Av. Mem de Sá, se deparou com duas pessoas suspeitas, que tinham um olhar de maldade e cobiça. Nisso, ela apressou seus passos na tentativa de despistar aqueles homens estranhos. Quando ela sem esperar, outro homem a cerca entre as vielas, segura a em seu braço e lhe diz: “olá, bela moça. Vejo que me viu perder tudo que tinha nos bolsos para aquele homem de terno e não quero mais perder, pelo menos quero você agora como uma recompensa pelo pataco perdido. Também vi que dava risada da minha má sorte ao lado daquele negro malandro!”.



Nesse instante, ela correu em direção ao outro lado da viela e lá estavam os dois que a estavam perseguindo. Sentindo–se sem salvação, começou a pedir para São Jorge, seu santo de devoção a quem sempre teve um grande carinho e fé, para que a socorresse. Como em um passe de mágica.

Oração a Zé Pilinta



Oração a Zé Pilintra
Salve Deus Pai criador de todo o Universo
Salve Oxalá Força Divina do Amor,exemplo vivo de abnegação e carinho
Bendito seja o Senhor do Bonfim
Salve Zé Pilintra,mensageiro de Luz,guia e protetor de todos aqueles que em nome de Jesus Cristo,praticam a caridade.
Dai-nos Zé Pilintra,o sentimento suave que se chama misericordia,dai-nos o bom conselho.
Dai-nos apoio,instrução espiritual que necessitamos,para dar aos nossos inimigos.
O Amor e a Misericordia,que lhe devemos pelo amor de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Para que todos os homens sejam felizes na terra e possam viver sem amarguras,sem lagrimas e sem odio.
Tomai-nos Zé Pilintra sob vossa proteção,desviai-nos dos espiritos atrazados e obsessores,enviados por nossos inimigos encarnados e desencarnados e pelo poder das trevas, iluminai nosso espirito,nossa alma,nossa inteligencia,nosso coração abrazando-nos na chama do vosso amor por nosso Pai Oxalá.
Valei-nos Zé Pilintra nesta necessidade,concede-nos a graça do vosso auxilio junto ao Nosso Senhor Jesus Cristo,em favor deste pedido (faz-se o pedido).
E que Deus nosso Senhor em sua infinita misericódia, nos cubra de bençãos e aumente a vossa luz e vossa força,para que mais e mais possa espalhar sobre a terra a caridade de Nosso Senhor Jesus Cristo

Salve a Maladragem



Os malandros têm como principal característica de identificação, a malandragem, o amor pela noite, pela música, pelo jogo, pela boemia e uma atração pelas mulheres (principalmente pelas mulheres da noite. Isso quer dizer que em vários lugares de culturas e características regionais completamente diferentes, sempre haverá um malandro. O malandro de Pernambuco, dança côco, xaxado, passa a noite inteira no forró; no Rio de Janeiro ele vive na Lapa, gosta de samba e passa suas noites na gafieira. Atitudes regionais bem diferentes, mas que marcam exatamente a figura do malandro.
No Rio de Janeiro aproximou-se do arquétipo do antigo malandro da Lapa, contado em histórias, músicas e peças de teatro. Alguns quando se manifestam se vestem a caráter. Terno e gravata brancos. Mas a maioria, gosta mesmo é de roupas leves, camisas de seda, e justificam o gosto lembrando que: “a seda, a navalha não corta”. Navalha esta que levavam no bolso, e quando brigavam, jogavam capoeira (rabos-de-arraia, pernadas), às vezes arrancavam os sapatos e prendiam a navalha entre os dedos do pé, visando atingir o inimigo. Bebem de tudo, da Cachaça ao Whisky, fumam na maioria das vezes cigarros, mas utilizam também o charuto. São cordiais, alegres, dançam a maior parte do tempo quando se apresentam, usam chapéus ao estilo Panamá.
Podem se envolver com qualquer tipo de assunto e têm capacidade espiritual bastante elevada para resolvê-los, podem curar, desamarrar, desmanchar, como podem proteger e abrir caminhos. Têm sempre grandes amigos entre os que os vão visitar em suas sessões ou festas.
Existem também as manifestações femininas da malandragem, Maria Navalha é um bom exemplo. Manifesta-se como características semelhantes aos malandros, dança, samba, bebe e fuma da mesma maneira. Apesar do aspecto, demonstram sempre muita feminilidade, são vaidosas, gostam de presentes bonitos, de flores principalmente vermelhas e vestem-se sempre muito bem.
Ainda que tratado muitas vezes como Exu, os Malandros não são Exus. Essa idéia existe porque quando não são homenageados em festas ou sessões particulares, manifestam-se tranqüilamente nas sessões de Exu e parecem um deles. Os Malandros são espíritos em evolução, que após um determinado tempo podem (caso o desejem) se tornarem Exus. Mas, desde o início trabalham dentro da linha dos Exus.
Pode-se notar o apelo popular e a simplicidade das palavras e dos termos com os quais são compostos os pontos e cantigas dessas entidades. Assim é o malandro, simples, amigo, leal, verdadeiro. Se você pensa que pode enganá-lo, ele o desmascara sem a menor cerimônia na frente de todos. Apesar da figura do malandro, do jogador, do arruaceiro, detesta que façam mal ou enganem aos mais fracos. Salve a Malandragem!
Na Umbanda o malandro vem na linha dos Exus, com sua tradicional vestimenta: Calça Branca, sapato branco(ou branco e vermelho), seu terno branco, sua gravata vermelha, seu chapéu branco com uma fita vermelha ou chapéu de palha e finalmente sua bengala.
Gosta muito de ser agradado com presentes, festas, ter sua roupa completa, é muito vaidoso, tem duas características marcantes:
Uma é de ser muito brincalhão, gosta muito de dançar, gosta muito da presença de mulheres, gosta de elogiá-las ,etc...
Outra é ficar mais sério, parado num canto assim como sua imagem, gosta de observar o movimento ao seu redor mas sem perder suas características.
Às vezes muda um pouco, pede uma outra roupa, um terno preto, calças e sapatos também pretos, gravata vermelha e às vezes até cartola. Em alguns terreiros ele usa até uma capa preta.
E outra característica dele é continuar com a mesma roupa da direita, com um sapato de cor diferente, fuma cigarros, cigarilhas ou até charutos, bebe batidas, pinga de coquinho, marafo, conhaque e uísque, rabo-de-galo; é sempre muito brincalhão, extrovertido.
Seu ponto de força é na subida de morros, esquinas, encruzilhadas e até em cemitérios, pois ele trabalha muito com as almas, assim como é de característica na linha dos pretos velhos e exus. Sua imagem costuma ficar na porta de entrada dos terreiros, pois ele também toma conta das portas, das entradas, etc...
É muito conhecido por sua irreverência, suas guias podem ser de vários tipos, desde coquinhos com olho de Exu, até vermelho e preto, vermelho e branco ou preto e branco.

Palavras ditas pelo Seu Zé



PALAVRAS DITAS PELO “SEU” ZÈ :
Sete caminhos andei. Cheguei.
Sete perigos passei. Passou.
Sete demandas venci. Conquistei.
Sete vezes tentaram me derrubar. Mais em pé fiquei.
Sete forças meu Pai Ogum me deu pra levantar e vencer. Mereci e agradeci.
Lute por aquilo que quer.
Erga sua cabeça.
Acredite.
Confie.
Tenha fé


DEUS SALVE ZÉ PELINTRA!
DEUS SALVE ZÉ PELINTRA DAS ESTRADAS!
DEUS SALVE ZÉ PELINTRA DAS ALMAS!
DEUS SALVE A MALANDRAGEM!

A Umbanda de seu Martim Pescador



A UMBANDA DE SEU MARTIM PESCADOR
São também grandes Mestres da jurema e possuidores de um grande ensinamento. São em geral marinheiros, marujos, navegadores e pescadores que na maioria tiveram seu desencarne nas águas profundas do mar. São comandados e chefiados pelo Mestre Martim, grande catimbozeiro e que trabalha com as energias das águas do mar.
Em comum não são possuidores de giras próprias e se fazem presentes nas giras do Catimbó. Em algumas regiões são conhecidos como baianos ou marujeiros. Quase sempre se apresentam bêbados, e tem em suas danças o balanço das ondas do mar. Suas cores são o branco e azul, vem quase sempre vestidos de marujos, tem no peixe o seu símbolo máximo, comem todos os tipos de frutos do mar e bebem também a cerveja e a cachaça. Sua saudação é TRUNFÊ, TRUNFÁ TRUNFÁ REÁ, A COSTA MARUJADA!!!

Zé Pilintra no Catimbó


ZÉ PELINTRA NO CATIMBÓ É TRATADO DE DOUTOR

A Umbanda, religião brasileira, é um misto de Cristianismo, Espiritismo, Catolicismo, culto aos orixás e Catimbó. A Umbanda tem seu edificio solidificado nas bases principais do evangelho cristão, e sua maior lei é Amar a Deus sobre todas as coisas e o amar ao próximo como a si mesmo. A Umbanda é uma religião, espírita - magista, trabalhando com os espíritos desencarnados, de diversas faixas vibratórias, a Umbanda, tem seu catecismo em simbologias enigmáticas (Pontos riscados, cantados, velas coloridas, etc.) A Umbanda de Zé Pelintra é voltada para a prática da caridade (fora da caridade não há salvação), tanto espiritual quanto material (Ajuda entre irmãos), propagando que o respeito ao ser humano, é a base fundamental para o progresso de qualquer sociedade. Zé Pelintra também prega a TOLERÂNCIA RELIGIOSA, sem a qual o homem viverá constantemente em guerras. Para Zé Pelintra, todas as religiões são boas, e o princípio delas é fazer o homem se tornar espiritualizado, se aproximando cada vez mais dos valores reais, que são Deus e as obras espirituais. Na humildade que lhe é peculiar, Zé Pelintra, afirma que todos são sempre aprendizes, mesmo que estejam em graus evolutórios superiores, pois quem sabe mais, deve ensinar a quem ainda não apreendeu e compreender aquele que não consegui saber. Zé Pelintra, espírito da Umbanda e mestre catimbozeiro, faz suas orações pelo povo do mundo, independente de suas religiões. Prega que cada um colhe aquilo que planta, e que o plantio é livre, mas a colheita é obrigatória. Zé Pelintra faz da Umbanda, o local de encontro para todos os necessitados, procurando solução para o problema das pessoas que lhe procuram. Zé Pelintra é o médico dos pobres e advogado dos injustiçados, é devoto de Santo Antonio, e protetor dos comerciantes, principalmente Bares, Lanchonetes, Restaurantes e Boates, e sempre recorre a Jesus, fonte inesgotável de amor e vida. Na gira em que Zé Pelintra participa são invocados os caboclos, pretos velhos, baianos, marinheiros e exus. Em cada linha, a segurança e a esperança de uma conquista certa e segura. Viva Deus, Viva Jesus, Viva Nossa Senhora da Aparecida, Viva o Senhor do Bonfim, Viva os Anjos, Viva os espíritos do bem, Viva nossos cabloco, Viva nossos pretos velhos, Viva Zé Pelintra, Viva sempre nossa UMBANDA. A gira de Zé Pelintra é muito alegre e com excelente vibração, e também disciplina é o que não falta. Sempre Zé pelintra procura trabalhar com seus camaradas, e às vezes, por ser muito festeiro, gosta de uma roda de amigos para conversar, e ensinar o que traz do astral. Zé Pelintra atende a todos sem distinção, seja pobre ou rico, branco ou negro, idoso ou jovem. Seu Zé Pelintra tem várias estórias da sua vida, desde a Lapa do Rio de Janeiro até o Recife. Todavia, a principal história que seu Zé Pelintra quer escrever, é a da CARIDADE, e que ela seja praticada e que passemos os bons exemplos, de Pai para filho, de amigo para amigo, de parente para parente, a fim de que possa existir uma corrente inesgotável de Amor ao Próximo. Zé Pelintra prega o amparo aos idosos e às crianças desamparadas por esse mundo de Deus. Se você, ajudar com pelo menos um sorriso, a um desamparado, estarás, não importa sua religião ou credo, fazendo com que Deus também Sorria e que o Amor Fraterno triunfe sobre o egoísmo. ZÉ PELINTRA pede que os filhos de fé achem uma creche ou um asilio e ajudem no que puder as pessoas e crianças jogadas ao descaso. Não devemos esquecer que a Fé sem as obras boas é morta.
Entidades de luz, carismáticas, chegam nos terreiros de umbanda, com seu samba no pé, seu cigarro na boca, chapéu de panamá de lado com toda a ginga de um malandro.
Não é originário da umbanda, tem como sua origem, os rituais do catimbó, provenientes do Nordeste brasileiro, onde até hoje é cultuado a imagem do malandro Zé Pelintra, chefe da linha dos malandros.
Zé Pelintra nasceu no nordeste, mais provavelmente em Recife e veio para o Rio de Janeiro, onde se malandriou na Lapa e um certo dia foi assassinado a navalhadas em uma briga de bar.
Assim, Zé Pelintra formou uma bela Falange de malandros de luz, que vêm ajudar aqueles que necessitam, os malandros são entidades amigas e de muito respeito, sendo assim não aceitamos que pessoas que não respeitam as entidades e a umbanda, digam que estão incorporados com seu Zé ou qualquer outro malandro e que eles fumam maconha ou tóxicos; entidades usam cigarros e charutos, pois a fumaça funciona como defumador astral.
Podemos citar além de Seu Zé Pelintra, Seu Chico Pelintra, Cibamba, Zé da Virada, Seu Zé Malandrinho, Seu Malandro etc.
Os malandros vêm na linha de exú, mas malandros não são exús!
Eles ficam bravos quando são confundidos ou comparados com exú, pois malandros são entidades da rua, assim exú que com ogum são donos da rua, as emprestam para que os malandros possam malandriar.
Ao contrário dos exús que estão nas encruzilhadas, encontramos os malandros em bares, subidas de morros, festas e muito mais.

Salve seu Zé Pelintra!
Salve os Malandros!
Salve a Malandragem!

Sua comida: 7 pedaços de carne seca e carne seca com farofa
Sua Bebida: Cerveja branca bem gelada
Seu Habitat: Subida de Morros
Sua cor: Vermelho e Branco ou Preto e Branco

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Caboclo das Sete Encruzilhadas



Salve Caboclo das Sete Encruzilhadas!

A Felicidade de receber tanta Sabedoria passada pelo Amado Caboclo das Sete Encruzilhadas. Toda a homenagem que se fizer será muito pouca diante da grandiosidade que nos foi oferecida.
A Felicidade de sentir a companhia dos amados Caboclos de Oxosse revela a simplicidade do espírito que tem a sabedoria de se unir com a Natureza. Nessa união receber a simplicidade da cura de todos os males, do corpo e da alma.
Felicidade de ouvir as sábias palavras dos Pretos Velhos, humildes trabalhadores que nos confortam nos momentos de dor e desânimo. Sabedoria que foi adquirida na Luz Divina e nos ensina a compreender melhor a superação das dificuldades com Fé e Esperança.
Felicidade de constatar que a Justiça Divina está presente com os Caboclos de Xangô em seu brado que impõe sua presença. As palavras que trazem a materialização da Justiça lembram da força dos desígnios de Deus, maior que toda a injustiça praticada pelos intolerantes e preconceituosos. Quem deve paga, quem merece recebe.
Felicidade de ver a criança de Yori se manifestar para Amor em toda a sua Pureza. Saber que os anjinhos nos fortalecem com um jeito frágil, porém dotado de grandioso poder que emana da pureza do coração.
Em cento e dois anos de árduos trabalhos dos humildes defensores do bem e da justiça verificamos que os espíritos iluminados vencem todos os combates por estarem ao lado da verdade única, o Amor.
Muito temos por agradecer ao amado Caboclo das Sete Encruzilhadas pela imensa felicidade que nos proporciona.
Salve Umbanda! Salve Caboclo das Sete Encruzilhadas!
Salve Mãe acolhedora de todas as religiões deste planeta e, quiçá de outras galáxias.

15 de novembro -Umbanda




ORIGEM E DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA UMBANDA

Em fins do século passado, existiam, no Rio de Janeiro, várias modalidades de culto que denotavam, nitidamente, a origem africana, embora já bem distanciadas da crença trazida pelos escravos. A magia dos velhos africanos, transmitida oralmente, através de gerações, desvirtuara-se mesclada com as feitiçarias provindas de Portugal onde, existiram sempre os feitiços, as rezas e as superstições.
As "macumbas" mistura de catolicismo, feiticismo negro e crenças nativas - multiplicavam-se;
tomou vulto a atividade remunerada do feiticeiro;
o "trabalho feito" passou a ordem do dia, dando motivo a outro, para lhe destruir os efeitos maléficos; generalizaram-se os "despachos", visando obter favores para uns e prejudicar terceiros; aves e animais eram sacrificados, com as mais diversas finalidades;
exigiam-se objetos raros para homenagear entidades ou satisfazer elementos da baixo astral.
Sempre porém, obedecendo aos objetivos primordiais: aumentar a renda do feiticeiro
ou "derrubar" os que não se curvassem ante os seus poderes ou pretendessem fazer-lhe concorrência.
Os Mentores do Astral Superior, porém, estavam atentos ao que se passava. Organizava-se um movimento destinado a combater a magia negativa que se propagava assustadoramente; cumpria atingir, de início, as classes humildes, mais sujeitas às influências do clima de superstições que imperava na época.
( "Enquanto isto, no plano terreno surge, no ano de 1904, o livro Religiões do Rio, elaborado por "João do Rio", pseudônimo de Paulo Barreto, membro emérito da Academia Brasileira de Letras.
No livro, o autor faz um estudo sério e inequívoco das religiões e seitas existentes no Rio de Janeiro, àquela época, capital federal e centro sócio-político-cultural do Brasil. O escritor, no intuito de levar ao conhecimento da sociedade os vários segmentos de religiosidade que se desenvolviam no então Distrito Federal, percorreu igrejas, templos, terreiros de bruxaria, macumbas cariocas, sinagogas, entrevistando pessoas e testemunhando fatos.
Não obstante tal obra ter sido pautada em profunda pesquisa, em nenhuma página desta respeitosa edição cita-se o vocábulo Umbanda, pois tal terminologia era desconhecida.")
Formaram-se então, as falanges de trabalhadores espirituais, que se apresentariam na forma de Caboclos e Pretos Velhos, para mais facilmente serem compreendidos pelo povo. Nas sessões espíritas, porém, não foram aceitos: identificados sob essas formas, eram considerados espíritos atrasados e suas mensagens não mereciam nem mesmo uma análise. Acercaram-se também dos Candomblés e dos cultos então denominados "baixo espiritismo", as macumbas. É provável que, nestes, como nos Batuques do Rio Grande do Sul, tenham encontrado acolhida, com a finalidade de serem aproveitados nos trabalhos de magia, como elementos novos no velho sistema de feitiçaria.
A situação permanecia inalterada, ao iniciar-se o ano de 1900.
As determinações do Plano Astral, porém, deveriam cumprir-se.
Escrever sobre Umbanda sem citarmos Zélio Fernandino de Moraes é praticamente impossível. Ele, assim como Allan Kardec, foram os intermediários escolhidos pelos espíritos para divulgar a religião aos homens.
Zélio Fernandino de Moraes nasceu no dia 10 de abril de 1891, no distrito de Neves, município de São Gonçalo - Rio de Janeiro.
Sua mãe, D. Leonor de Moraes figura conhecida na região onde morava e que incorporava o espírito de um preto velho chamado Tio Antônio. O Pai de Zélio de Moraes Sr. Joaquim Fernandino Costa, apesar de não freqüentar nenhum centro espírita, já era um adepto do espiritismo, praticante do hábito da leitura de literatura espírita.
Após 55 anos de atividade, entregou a direção dos trabalhos da Tenda Nossa Senhora da Piedade a suas filhas Zélia (desencarnou em 26.04.2000) e Zilméia.
Mais tarde junto com sua esposa Maria Isabel de Moraes, médium ativa da Tenda e aparelho do Caboclo Roxo fundaram a Cabana de Pai Antonio no distrito de Boca do Mato, município de Cachoeira do Macacú – RJ. Eles dirigiram os trabalhos enquanto a saúde de Zélio permitiu. Faleceu aos 84 anos no dia 03 de outubro de 1975.
Em 15 de novembro de 1908, compareceu a uma sessão da Federação Espírita, em Niterói, então dirigida por José de Souza, um jovem de 17 anos de tradicional família fluminense. Chamava-se ZÉLIO FERNANDINO DE MORAES. Restabelecera-se, no dia anterior, de moléstia cuja origem os médicos haviam tentado, em vão, identificar. Sua recuperação inesperada por um espírito causara enorme supressa. Nem os doutores que o assistiam nem os tios, sacerdotes católicos, haviam encontrado explicação plausível. A família atendeu, então, à sugestão de um amigo, que se ofereceu para acompanhar o jovem Zélio à Federação.
Zélio foi convidado a participar da Mesa. Zélio sentiu-se deslocado, constrangido, em meio àqueles senhores. E causou logo um pequeno tumulto. Sem saber por que, em dado momento, ele disse: "Falta uma flor nesta casa: vou buscá-la". E, apesar da advertência de que não poderia afastar-se, levantou-se, foi ao jardim e voltou com uma flor que colocou no centro da mesa. Serenado o ambiente e iniciados os trabalhos, manifestaram-se espíritos que se diziam de índios e escravos. O dirigente advertiu-os para que se retirassem. Nesse momento, Zélio sentiu-se dominado por uma força estranha e ouviu sua própria voz indagar por que não eram aceitas as mensagens dos negros e dos índios e se eram eles considerados atrasados apenas pela cor e pela classe social que declinavam. Essa observação suscitou quase um tumulto. Seguiu-se um diálogo acalorado, no qual os dirigentes dos trabalhos procuravam doutrinar o espírito desconhecido que se manifestava e mantinha argumentação segura. Afinal um dos videntes pediu que a entidade se identificasse, já que lhe aparecia envolta numa aura de luz.
Se querem um nome - respondeu Zélio inteiramente mediunizado - que seja este: eu sou o CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS, porque para mim não haverá caminhos fechados.
E, prosseguindo, anunciou a missão que trazia: estabelecer as bases de um culto, no qual os espíritos de índios e escravos viriam cumprir as determinações do Astral. No dia seguinte, declarou ele, estaria na residência do médium, para fundar um templo, que simbolizasse a verdadeira igualdade que deve existir entre encarnados e desencarnados.
Levarei daqui uma semente e vou plantá-la no bairro de Neves, onde ela se transformará em árvore frondosa.
No dia seguinte, 16 de novembro de 1908, na residência da família do jovem médium, na Rua Floriano Peixoto, 30 em Neves, bairro de Niterói, a entidade manifestou-se pontualmente no horário previsto - 20 horas.
Ali se encontravam quase todos os dirigentes da Federação Espírita, amigos da família, surpresos e incrédulos, e grande número de desconhecidos que ninguém poderia dizer como haviam tomado conhecimento do ocorrido. Alguns aleijados aproximaram-se da entidade, receberam passes e, ao final da reunião, estavam curados. Foi essa uma das primeira provas da presença de uma força superior.
Nessa reunião, o CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS estabeleceu as normas do culto, cuja prática seria denominada "sessão" e se realizaria à noite, das 20 às 22 horas, para atendimento público, totalmente gratuito, passes e recuperação de obsedados. O uniforme a ser usado pelos médiuns seria todo branco, de tecido simples. Não se permitiria retribuições financeiras pelo atendimento ou pelos trabalhos realizados. Os cânticos não seriam acompanhados de atabaques nem de palmas ritmadas.
A esse novo culto, que se alicerçava nessa noite, a entidade deu o nome de UMBANDA, e declarou fundado o primeiro templo para sua prática, com a denominação de tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, porque: "assim como Maria acolhe em seus braços o Filho, a Tenda acolheria os que a ela recorressem, nas horas de aflição".
Através de Zélio manifestou-se, nessa mesma noite, um Preto Velho, Pai Antônio, para completar as curas de enfermos iniciadas pelo Caboclo. E foi ele quem ditou este ponto, hoje cantado no Brasil inteiro: "Chegou, chegou, chegou com Deus, Chegou, chegou, o Caboclo das sete Encruzilhadas".
A partir desta data, a casa da família de Zélio tornou-se a meta de enfermos, crentes, descrentes e curiosos.
Os enfermos eram curados;
os descrentes assistiam as provas irrefutáveis;
os curiosos constatavam a presença de uma força superior.
Cinco anos mais tarde, manifestou-se o Orixá Malé, exclusivamente para a cura de obsedados e o combate aos trabalhos de magia negra.
Passados dez anos, o CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS anunciou a Segunda etapa de sua missão: a fundação de sete templos, que deveriam constituir o núcleo central para a difusão da UMBANDA.
A Tenda da Piedade trabalha ativamente, produzindo curas, principalmente a recuperação de obsedados, considerados loucos, na época. Já então se contavam às centenas as curas realizadas pela entidade, comentadas em todo o Estado e confirmadas pelos próprios médicos, que recorriam a Tenda, em busca da cura dos seus doentes. E o Caboclo indicava, nas relações que lhe apresentavam com nome dos enfermos, os que poderia curar:
eram os obsedados, portadores de moléstias de origem psíquica;
os outros, dizia ele, competia à medicina curá-los.
Zélio de Moraes, já então casado, por determinação da entidade, recolhia os enfermos mais necessitados em sua residência, até o término do tratamento astral. E muitas vezes, as filhas, Zélia e Zilmeia, crianças ainda, cediam o seu aposento e dormiam em esteiras, para que os doentes fixassem bem acomodados.
Nas reuniões de estudo que se realizavam às quintas-feiras , a entidade preparava os médiuns que seriam indicados, posteriormente, para dirigir os novos templos. Fundaram-se, as Tendas:
Nossa Senhora da Guia - Pres. Leal de Souza, cerca de 1918,
Nossa Senhora da Conceição,
Santa Bárbara - Pres. João Salgado,
São Pedro - Pres. José Mendes,
Oxalá - Pres. Paulo Lavois,
São Jorge - Guia Espiritual Ogum de Tibiri, Médium João Severino Ramos, fundada em 1935
e São Jerônimo - Pres. José Álvares Pessoa, após 1935.
Após a criação das sete primeiras tendas iniciou-se ao longo de todo território nacional a criação de tendas, tendo sido implantadas nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo (fundaram-se, na Capital, 23 tendas e 19 em Santos), Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, e Pará (Belém). Neste último estado foi criada a Tenda Mirim Santo Expedito, por Joaquim Bentes Monteiro e sua esposa, que se transferiram para aquele estado com esta finalidade. Em Minas Gerais já conseguimos identificar como originários do Caboclo das Sete Encruzilhadas a Tenda do Silêncio, fundada pelo Dr. Valadão, e a Tenda Umbanda Buscando Luz, fundada pelo General Berzelius e sua esposa, D. Celeste, preparada pela entidade Pai João, e que recebia a guia chefe da casa Vó Quitéria. Posteriormente, Dr. Valadão se aproximou da linha de Umbanda proposta por W. W. da Matta e Silva Confirmava-se a frase pronunciada na Federação Espírita: "Levarei daqui uma semente e vou plantá-la no bairro de Neves, onde ela se transformará em árvore frondosa".
Em 1937, os templos fundados pelo CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS reuniram-se, criando a Federação Espírita de Umbanda do Brasil, posteriormente denominada União Espiritualista de Umbanda do Brasil. E em 1947, surgiu o JORNAL DE UMBANDA que, durante mais de vinte anos, foi um órgão doutrinário de grande valor. Zélio de Moraes instalou federações umbandistas em São Paulo e Minas Gerais.
O Período de Afirmação Doutrinária: Como se sabe a história nunca se faz com rupturas drásticas entre um período e outro. Todas as mudanças são anunciadas ao longo do próprio período a ser substituído. Assim também aconteceu com a Umbanda. Ao longo das décadas de 40, 50 60 e 70, vários autores começaram a buscar dar maior consistência doutrinária à Umbanda. Porém, como todas as coisas ocorrem em seu devido tempo, todas as tentativas pecaram por buscar explicações para as origens e os princípios de Umbanda em eras passadas, continentes desaparecidos ou em línguas mortas; outro fato que levou a um fracionamento da Umbanda e às misturas, foi a pretensão de cada autor, sacerdote, ou pai de terreiro, de criar sua própria religião, dando um cunho profundamente personalista aos seus terreiros. Cumpriram, no entanto, seu papel ao colocar cada vez mais clara a importância da Umbanda no Brasil.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Ingratidão



A ingratidão é um dos frutos mais imediatos do egoísmo; revolta sempre os corações honestos"

Vovó Maria fumegava seu pito e batia seu pé ao som da curimba enquanto observava o terreiro, onde os cambonos movimentavam-se atendendo aos pretos velhos e aos consulentes.
Mandingueira, acostumada a enfrentar de tudo um pouco nos trabalhos de magia, sabia perfeitamente como o mal agia tentando disseminar o esforço do bem.
Sob variadas formas, as trevas vagavam por ali também. Alguns em busca de socorro; outros mal intencionados, debochavam dos trabalhadores da luz, muitos chegavam grupados no corpo das pessoas, qual parasitas sugando sua vitalidade. Outros, por sobre seus ombros, arqueando e causando dores nos hospedeiros, ou amarrados nos tornozelos, arrastavam-se com gemidos de dor, fora os tantos que eram barrados pela guarda do local, ainda na porta do terreiro e que, lá de fora, esbravejavam palavrões.
Da mesma forma, o movimento dos exus e outros falangeiros se fazia intenso no lado astral do ambiente, para que, dentro do merecimento de cada espírito, pudessem ser encaminhados.
Uma senhora com ares de madame se aproximou da preta velha para receber atendimento, vinha arrastando uma perna que mantinha enfaixada.
" Saravá, filha - falou Vovó Maria, enquanto desifetava o campo magnético da mulher com um galho verde, além de soprar a fumaça do palheiro em direção ao seu abdome, o que fez com que a mulher demonstrasse nojo em sua fisionomia.
Figindo ignorar, a preta velha, cantarolando, continuou a sua limpeza. Riscando um ponto com sua pemba no chão do terreiro, pediu que a mulher colocasse sobre ele a perna ferida.
" Será que não vai pedir o que tenho?" pensou a mulher, já arrependida por esta ali naquele lugar desagradável. " Vou sair daqui impregnada por estes cheiros!"
Vovó Maria sorriu, pois captara o pensamento da mulher, mas preferiu ignorar tudo isso. O que a mulher não sabia era a gravidade real do seu caso, ou seja, aquilo que não aparecia no físico, se la pudesse ver o que estava ficaria muito enojada. Na contraparte energética, abundavam larvas que se abasteciam da vitalidade do que já era uma enorme ferida e que breve irromperia também no físico. Além disso, uma entidade espiritual, em quase total deformação, mantinha-se algemada à sua perna, nutrindo, assim, essas larvras astrais. Para qualquer neófilo, aquilo mais parecia um cadáver retirado da tumba mortal, inclusive pelo mau cheiro que exalava.
Com a destreza de um mago, a preta velha sabia como desvincular e trasmutar toda essa parafernália de energia densas, libertando e socorrendo a entidade escravizada a ela.
Feitos os devidos curativos no corpo energético da mulher, Vovó Maria, que a visão dos encarnados não fez mais que um benzimento com ervas e algumas baforadas de palheiro, dirigiu-se agora com voz firme à consulente:
- Preta Velha até aqui ouviu calada o que a filha pensou a respeito do seu trabalho, agora preciso abrir minhas tramelas e puxar sua orelha.
Ouvindo isso, a mulher afastou-se um pouco da entidade, assustada com a possibilidade de que ela viesse mesmo a lhe puxar a orelha.
Escutou o que pensei? Ah, essa é boa, ela está blefando comigo, pensou novamente a mulher.
- Se a madame não acredita em nosso trabalho, por que veio aqui buscar ajuda? Filha, não estamos aqui enganando ninguém, procuramos fazer o que é possível, dentro do merecimento de cada um.
- É que me recomendaram vir me benzer, mas eu não gosto muito dessas coisas... e só veio porque está desesperada de dor e a medicina não lhe deu alento, não foi filha? complementou a preta velha.
- Os médicos querem drenar a perna e eu fiquei com medo, pois nos exames não aparece nada, mas a dor estava insuportável.
- Estava? Por que, a dor já acalmou?
- É, agora acalmou, parece que minha perna está amortecida.
- E está mesmo, eu fiz um curativo.
A mulher, olhando a perna e não vendo curativo nenhum, já estava pronta para emitir um pensamento de desconfiança quando a preta velha interferiu:
- Vá para sua casa, filha, e amanhã bem cedo colha uma rosa do seu jardim, ainda com orvalho, e lave a sua perna com ela, na água corrente . Ao meio-dia o inchaço vai sumir e sua perna estará curada. Não ousando mais desconfiar, ela agradeceu e já estava saindo quando a preta velha a chamou e disse:
- Não se esqueça de pagar a promessa que fez pra Sinhá Maria, antes dela morrer... Arregalando os olhos, a mulher quase enfartou e tratou de sair daquele lugar imediatamente.
O cambono, que a tudo assistia calado, não aguentando a curiosidade perguntou que promessa foi essa.
- Meu menino, o que nós escondemos dos homens fica gravado no mundo dos espíritos. Essa filha, herdeira de um carma bastante pesado por ter sido dona de escravos em vida passada e, principalmente, por te-los ferido a ferro e fogo, imprimindo sua marca na panturrilha dos negros, recebeu nesta encarnação, como sua fiel cozinheira, uma negra chamada Sinhá Maria. Esse espírito mantinha laços de carinho profundo pela madame desde o tempo da escravidão, quando foi sua "Bá" e, por isso, única poupada se suas maldades. Nessa encarnação, juntaram-se novamente no intuito de que a bondosa negra pudesse despertar na mulher um pouco de humildade, para que esta tivesse a oportunidade de ressarcir os débitos, diante da necessidade que surgiria de auxiliar alguém envolvido na trama cármico.
Sinhá Maria, acometida de deficiência respiratória, antes de desencarnar solicitou à sua patroa que, na sua falta, assistisse seu esposo, que era paraplégico, faltando-lhe as duas pernas.
Deixou para isso todas as suas economias de anos a fio trabalho e so lhe pediu que mantivesse com isso a alimentação e os medicamentos, mas na primeira vez que ela foi até a favela onde morava o homem, desistiu da ajuda, pois aquele não era o seu palco. Tratou logo de ajustar uma vizinha do barraco, dando-lhe todo o dinheiro que Sinhá havia deixado, com a promessa de cuidar do pobre homem. Não é preciso dizer que rumo tomaram as economias da pobre negra; em pouco tempo, para evitar que ele morresse à míngua, a Asistência Social o internou em asilo público lá ela aguardava sua amada para buscá-lo, tirando-o do sofrimeto do corpo físico. Nenhuma visita, nenhum cuidado especial. A madame se havia esquecido da promessa, eu so fiz lembrá-la para que não tenha que voltar aqui com as duas pernas inválidas. A Lei so nos cobra o que é de direito, mas ela é infatível, quando mas atrasamos o pagamento de nossas dívidas, maiores elas ficam, por isso, camboninho, nega velha sempre diz para os filhos que a caridade é moeda valiosa que todos possuímos, mas que poucos de nós usam. Se não acordamos sozinhos, na hora exata a vida liga o despertador e, às vezes, acordamos assustados com a barulheira que ele faz... eh, eh,eh... Entendeu, meu menino?
- Sim, minha mãe. Lembrei que tenho de visitar meu avô que está no asilo...
Sorrindo e balançando a cabeça a bondosa preta velha falou com seus botões:
- Nega véia matô dos coelhos com uma cajada so... eh,eh...
E, batendo o pé no chão, fumando seu pito e cantarolando, prossegiu ela, socorrendo e curando até que, junto aos demais, voltou para as bandas de Aruanda.

Extraído do Livro Causos de Umbanda

O que é Umbanda



O que é Umbanda?

Umbanda é como aquela pérola bonita.

Não pode ser vista, pois seu brilho é capaz de cegar.

É como aquela poesia que nunca será escrita. As palavras são pobres para descrevê-la.

É como uma canção silenciosa cantada pelas estrelas. So o coração pode escutar.

É como a simplicidade do preto-velho. Tão natural.

É como a alegria da criança. Tão ingênua.

É como o sorriso do Exu. Tão enigmático.

Umbanda é uma imensidão de povos e culturas. É uma imensidão de rostos.

Uma imensidão... É o todo.

É a banda que trabalha pelo UM.

É singela assim

Quando a individualidade desaparece

A Luz de Oxalá inunda seu ser.

Voce é a Luz, A Luz é voce!

Quando o amor surge como uma flor, os lírios de Mamãe Oxum brotam em seu coração.

Voce é a Flor, A Flor é voce!

Quando a ignorância é eliminada, as Flechas do Caçador te guiam.

O Caçador é voce. A Caça também!

Quando a alma vence sua própria treva, o Raio de Xangô é vivo no espírito.

Voce é o Rei, o Rei é voce!

Quando o tufão do discernimento surgir não mais a sombra da alma há de te possuir.

Voce é Guerreira, a Guerreira é voce.

Quando as cabeças do vício forem cortadas a Espada do guerreiro iluminará o caminho!

Voce é a Senda, a Senda é voce.

Quando a cruz viva do " Velho" te marcar

O peso do mundo em suas costas cairá.

Voce é Caridade. A Caridade é voce!

Quando a Anciã do destino, em ti existir não mais mistérios hão de te possuir.

Voce é o Fim e também o começo.

Quando a estrela brilhar, e o canto encantar nas praias de Aruanda a Mãe Divina voce verá.

Voce é a Umbanda, Umbanda é voce!

E então, no fim da jornada, onde os caminhos se entrecruzam, e as Sete Encruzilhadas são contempladas, o Amor que a Tudo gera lá estará.

Voce é olorum, Olorum é voce!

Assim cantava-se na velha Luanda...

Assim ainda se canta, na querida Aruranda...

(Fernando Sepe)

Tronqueira




Por Jorge Scritori
Minha Tronqueira tem axé, tem vontade e tem vida, tem Exú e Pombagira para guardar e proteger. Também tem Exú Mirim para aprontar e desenrolar.
Minha tronqueira tem axé, tem vela tem marafo, tem dendê e aguardente.
Minha tronqueira tem axé, sem porta e sem janela, dizem que alguém ta procurando, morador pra morar nela.
Minha tronqueira tem Guardião, que guarda de noite e protege de dia e quem guarda e protege também eu chamo de vigia.
Minha tronqueira tem axé, não tem nome e não tem foto, tem o nome que ela guarda e o meu corpo que ela cobre.
Minha tronqueira tem axé, tem caldeirão e alçapão, tem escada, tem ponteira é morada de Porteira.
Minha tronqueira tem axé, tem abismo e escuridão é passagem pra quem desce e alivio pra quem sobe.
Minha tronqueira tem axé, tem relógio tem sino, quando da a meia noite é sinal que ta abrindo.
Minha tronqueira tem axé, tem chicote tem espada, tem punhal e bracelete, tem capuz e tem mortalha, tem arma pra combater, uns dizem pra bater outros para aprender.
Minha tronqueira tem axé, tem chave e cadeado, tem ferradura tem bigorna, onde o aço forja, corta e trinca.
Minha tronqueira tem axé, tem Caveira tem Porteira, tem Capa e Tranca Ruas, tem Padilha e Rosa Negra.
Minha tronqueira tem axé, tem suor e tem lágrima, suor de quem trabalha e lágrima de quem não escapa.
Minha tronqueira tem axé, tem hora de apanhar e tem hora de bater, batendo ou apanhando tem Exú a me valer.
Minha tronqueira tem axé, tem Curador pra me curar e Exu do Ouro para prosperar.
Minha tronqueira tem axé, tem pimenta malagueta, tem fogo tem fogueira, tem brasa tem braseiro.
Minha tronqueira tem axé, não tem corte, mas tem morte, mata de mansinho bem devagarzinho, mata o vicio e as trevas que habitam o caminho.
Minha tronqueira tem axé, tem entrada tem saída, tem salve e saravá e por aqui eu vou ficar.
Salve todas as Tronqueiras deste Brasil!
Laro-yê Exú

Por Jorge Scritori

Cativeiro



PAI JOÃO DE ARUANDA
Retirado do Livro: SABEDORIA DE PRETO-VELHO – ROBSON PINHEIRO
Cativeiro. Palavra difícil, essa.
Muitas vezes meus filhos julgam que o cativeiro é somente aquele em que os homens, geralmente os brancos, subjugavam negros e a eles impingiam toda sorte de sofrimento, de acordo com o mando do senhor dos escravos.
Quanto engano.
Há tantas formas de cativeiro…
O jugo que o homem impõe sobre o outro, tentando oprimir as consciências, espalhando a infelicidade dentro dos corações. O cativeiro das idéias, quando o ser se faz escravo de certos pensamentos, já ultrapassados, ou mesmo das próprias idéias, que nem sempre dignificam quem está com a razão.
Existe a escravidão de um povo, de uma raça, de uma comunidade, de uma família ou de um indivíduo, quando se recusa a seguir o progresso da vida e estaciona no tempo. Mas há também a escravidão daqueles que se julgam sábios, que repetem coisas belas filosofias copiadas de outros e que são incapazes de realizar algo em benefício próprio, como a transformação íntima de suas tendências, seus costumes e idéias, pois se acham escravos de si mesmos.
Na verdade, o cativeiro da escravidão pode ter passado. No entanto, quem sabe Isabel, a princesa, tenha apenas aberto um caminho para que os homens não mais continuassem cativos de seus modismos, medos, ânsias e angústias; de sua pequenez sem sentido?
É preciso que os meus filhos se encarem no espelho. Não naquele espelho no qual costumam olhar-se pela manhã, mas no espelho do eu, na própria alma. Observar se não estão com grilhões atados na mente, na alma ou no coração.
E preciso liberdade. Mas liberdade não é o resultado de um decreto ou de uma assinatura em uma folha de papel. A verdadeira libertação é a da alma, que poderá um dia voar livre como as andorinhas no céu de sua própria vida. Sem grilhões, sem cordas, sem muletas.
É preciso voar e voar alto, dentro de si mesmo.

Conversando com um Preto Velho



Conversando com um Preto Velho
À noite, quando a maioria das pessoas estão dormindo, diversas falanges espirituais se desdobram em trabalhos socorristas de assistência à humanidade encarnada. Devido ao sono, a queda natural do metabolismo e das ondas cerebrais, o corpo espiritual desprende-se naturalmente do corpo físico.
Aproveitando-se desse fato natural e inerente a todo ser humano muitos amigos espirituais trabalham nessa hora da noite retirando essas pessoas do seu corpo físico, dando um toque sensato a elas diretamente em espírito, ou, simplesmente, trabalhando as energias do assistido com mais liberdade a partir do plano espiritual da vida.
Um dia desses, durante um trabalho de assistência, estava conversando com um Preto Velho, que responde nas lidas de Umbanda, pelo nome de pai José da Guiné. Segue o diálogo:
— Pai José, esse trabalho de assistência na madrugada é enorme, não? O médium umbandista muitas vezes nem imagina o tamanho dele, não é mesmo?
— É sim fio. trabalho grande, toda noite. Mas são poucos que lembram da espiritualidade dia-dia e mantém sintonia elevada antes de dormir. Isso acaba por barrar as possibilidades de trabalho em conjunto conosco, você sabe disso. A maioria dos médiuns por aí pensam que o único dia de trabalho espiritual é o dia de trabalho no terreiro. É uma pena.
— É verdade, as pessoas tendem a se preparar muito para o dia de trabalho no terreiro, mas esquecem dos outros dias.
_ Preparar? Muitas vezes eles nem se preparam fio. A maioria chega lá cheia de problemas e preocupações na cabeça. Dá um trabalhão danado acoplar na aura toda encardida de pensamentos e sentimentos estranhos deles. E nego num tá falando que preparação é tomar um banho de erva antes do trabalho, não…
— Ué, mas o banho de erva é importante, não é pai?
— É, claro que é. Mas num é tudo. Antes do banho de erva, seria melhor um banho de bom-humor, com folhas de tranqüilidade e flores de simplicidade, hehehe… Isso sim ajudaria. Num adianta colocar roupa branca, defumar, tomar banho, se o coração tá sujo, se a boca maldiz, se o rosto está sem alegria e o espírito apagado. Limpeza interna fio, antes de limpeza externa…
— Tá certo…
— Tá certo, mas você muitas vezes num faz isso né? Hehehe… Tudo bem, todo mundo tem lá seus dias ruins, o problema é quando isso se torna constante. Fio, a Umbanda é muito rica em rituais, em expressões exteriores de alegria e culto a divindade. Mas isso deve ser utilizado sempre como uma forma de exteriorizar o que de melhor trazemos dentro de nós. Não uma fuga do que carregamos aqui dentro. Volta seus olhos pra dentro e lá presta culto aos Orixás. Só depois disso, canta e dança…
— Quando estiver participando de um trabalho, esteja por inteiro, em corpo físico, coração e mente. Não faça das reuniões espirituais um encontro social. Antes de começar os trabalhos, medita, ora, entra em sintonia com o trabalho que já está acontecendo. Durante os cantos, busca a sintonia com os Orixás.
Nesse momento, você e Eles não estão separados pela ilusão da matéria. Tão juntos. Em espírito e verdade…
— Acompanha as batidas do atabaque e faz elas vibrarem em todo seu ser. Defuma seu corpo, mas defuma também sua alma, queimando naquela brasa seu ego, sua vaidade, seu individualismo, que lhe cega os sentidos.
— Trabalha, aprende, louva, cresce meu fio. Mas o mais importante: Leva isso pra fora do terreiro! Lá dentro, todo mundo é filho de pemba, todo mundo tá de branco, todo mundo ama os Orixás…
— Mas aqui fora, logo na primeira dificuldade, duvidam e esquecem dos ensinamentos lá recebidos. Aqui fora, num tem caridade, fraternidade, Orixá, espiritualidade. Mas a Lei de Umbanda não é pra ficar contida no terreiro. A Lei de Umbanda é pra estar presente em cada ato nosso. Em cada palavra, em cada expressão de nosso ser…
— Percebe fio? Você é médium o tempo todo, não só no dia de trabalho, mas todo dia. Você é médium até quando tá dormindo…hehehe
Pai José fez uma pausa e eu fiquei a pensar a respeito da responsabilidade do trabalho mediúnico. De quantos médiuns por aí nem tinham idéia do trabalho espiritual que as muitas correntes de Umbanda desenvolvem. De como, a vivência de terreiro, demandava uma mudança interior, uma postura diferente em relação à vida. Enquanto pensava a respeito, pai José disse:
— É por aí mesmo fio. A partir do momento que a pessoa internaliza os valores espirituais, um novo mundo, cheio de novas perspectivas surge. Novas idéias, novos ideais. Uma forma diferente de encarar a vida. Esse é o resultado do trabalho. A caridade não é mais uma obrigação, mas torna-se natural e inerente ao próprio ser, assim como a respiração. A sintonia acontece esteja onde ele estiver, carregando consigo a Lei da Sagrada Umbanda em seu coração…
— Lembre-se: Aruanda não é um lugar! Aruanda é um estado de espírito… Você a carrega para onde for. Isso é trabalho. Isso é sacerdócio. Isso é viver buscando a espiritualização…
— Por isso, meu fio, faz de cada trabalho espiritual que você participar um passo em direção a esse caminho. Um passo em direção a unidade com o Orixá. Cada reunião, um passo… Sempre!
Notas do médium: Pai José de Guiné é um espírito que há muito tempo eu conheço, trabalhador incansável nas lidas da cura espiritual. Apresenta-se como um negro, com cerca de 50 anos, sempre com seu chapéu de palha a cobrir-lhe a cabeça e seu olhar firme e determinado. Tem um jeito muito direto e reto de falar as coisas sempre nos alertando a respeito de posturas incompatíveis com o trabalho espiritual. É um espírito muito bondoso com quem já aprendi muitas coisas.
Fica aí o toque dele, que muito me serviu, a respeito de levar o terreiro para o nosso dia-dia.

Fernando Sepe

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Salve os Erês



Salve os Erês


As Entidades Espirituais que incorporam em nossos terreiros de Umbanda com o arquétipo infantil e que formam a Linhas das Crianças, Erês ou Ibejada são representantes da alegria, da sinceridade, da inocência e de tudo que é puro, no entanto, essa Linha, e toda sua potência, é pouco conhecida pelos próprios umbandistas que, na maioria das vezes, só as veem como crianças peraltas ou submissas. Consequentemente os trabalhos religiosos com essa Linha ficam cada vez mais distantes dos terreiros ou ainda ligadas somente ao sentido da festa, das guloseimas, da bagunça e da extravagância em todos os sentidos.

Na realidade essas Entidades são Seres Espirituais mestres nos conceitos do Bem e do Puro e muito ajudam para evolução moral dos médiuns ensinando que a única forma de se levar vantagem é sendo puro, como é a criança, também não admitem a mentira nem a maldade. Os filhos de Ogum, como também são conhecidos, têm a presença mais alegre da Umbanda, trazendo sempre renovações e esperança, reforçando a natureza pura e ingênua dos seres humanos. É a linha que mais cativa as pessoas pelo ar inocente que traz na face do médium.

Saiba que é brincando e rindo que efetuam maravilhosos trabalhos de descarga fluídica, aliás, é no sacudir dos braços e pernas que atiram seus fluidos naturais afastando, assim, espíritos de baixa vibração que estejam prejudicando as pessoas. Com esses movimentos também desagregam energias densas enraizadas no corpo astral e áurico que proporcionam doenças no corpo e na alma.

A fala com as ‘Crianças’ é sempre cheia de brincadeiras e de “ingenuidade”, no entanto são profundas, sábias e altamente reveladoras, mesmo porque o que mais estimulam em nós é o autoconhecimento. Além disso, uma das suas maiores capacidades é nos fazer rir e é nesse riso contagiante que “eles” curam nossas amarguras.

As ‘Crianças’ gostam de sentar no chão, junto à terra, fonte de energia transmutadora e curadora, suas preces são cantadas em melodias alegres fazendo referência a Papai e Mamãe do Céu e em mantos sagrados. Seus pontos riscados são curtos e bastante cruzados pela Flecha, Coração, Chave e Raiz … são verdadeiros Magos Naturais. Quem já não ouviu a frase: “O que os Filhos das Trevas fazem, qualquer criança desfaz. O que a criança faz (no sentido do Bem, é claro) ninguém desfaz ou interfere”.

A festa das Crianças na Umbanda, conhecida como Festa de São Cosme, Damião e Doun, tem duração de um mês, iniciando em 27 de setembro (Cosme e Damião) e terminando em 25 de outubro (Crispim e Crispiniano).

Aproveite o dia, a energia, a vibração e todo o entusiasmo dessas maravilhosas Entidades, de uma pausa para pensar, abrir o coração e entenda, embora de forma simples e pura, as profundas e sábias mensagens desses verdadeiros SÁBIOS – Senhores da Pureza Cósmica. Aproveite também e determine algo especial para você. Determine que seu lado infantil e puro sempre influencie suas decisões e seus relacionamentos.

E, se for à uma festa de Cosme e Damião em um Terreiro de Umbanda, aproveite ao maximo a oportunidade e todos os ensinamentos e leve para casa, além dos doces e bolos, o exemplo de alegria dessa encantadora falange de Yori!

Salve as Crianças! Salve os Erês!

Salve Cosme e Damião!



Salve Oni beijada!

YORI: um dos raros termos sagrados que se manteve sem nenhuma alteração. Esse termo, assim como Yorimá, era de pleno conhecimento da pura Raça Vermelha, só se apagando do mental do Ser humano após a catástrofe da Atlântida. Ele ressurgiu através do Movimento Umbandista, em sua mais alta pureza e expressão. Traduzindo este vocábulo através do alfabeto Adâmico, temos: A Potência Divina Manifestando-se; A Potência dos Puros.

BEIJADA: Nome dado no Brasil, às entidades que se apresentam sob a forma de crianças. São, conforme a crença geral, nos cultos afro-brasileiros e na Umbanda, as falanges dos Orixás gêmeos africanos IBEJIS

IBEJI : (ib: “nascer”; eji: “dois”) Orixás gêmeos africanos que correspondem, no sincretismo afro-brasileiro, aos santos católicos Cosme e Damião. Ibeji na nação Keto, ou Vunji nas nações Angola e Congo.

DOIS DOIS: Nome pela qual são designados os santos católicos Crispim e Crispiniano; os santos Cosme e Damião; o Orixá africano IBEJI e a falange das crianças na Umbanda.

ERÊ: Vem do yorubá iré que significa “brincadeira, divertimento”. Existe uma confusão latente entre o Orixá Ibeji e os Erês. É evidente que há uma relação, mas não se trata da mesma entidade. Ibeji, são divindades gêmeas, sendo costumeiramente sincretizadas aos santos gêmeos católicos Cosme e Damião. Erês, Crianças, Ibejada, Dois-Dois, são Guias ou Entidades de caráter infantil que incorporam na Umbanda.

Mãe Mônica Caraccio


A árvore da vitalidade: o guaraná

Aguiri, menino da tribo Sateré-Maué da área cultural do Tapajós-Madeira, tinha os olhos mais lindos e espertos que jamais se vira naquela região. Os pais agradeciam frequentemente ao Grande Espírito por essa graça singular. Muitas mães pediam ao céu que fizesse nascer também para elas um filho com olhos tão bonitos.

Aguiri se alimentava de frutas que colhia da floresta em cestos que sua mãe lhe fazia e gostava de partilhá-las com outros coleguinhas de jogos.

Certa feita, o menino dos olhos lindos distraiu-se na colheita das frutas, indo de árvore em árvore até afastar-se muito da maloca. Aí percebeu, com tristeza, que o sol já transmontara e que se fazia escuro na floresta.

Não achando mais o caminho de volta, decidiu então dormir no oco de uma grande árvore, protegido dos animais noturnos e perigosos. Mas não estava a salvo do temido Jurupari, um espírito malfazejo que vaga pela floresta, ameaçando quem anda sozinho. Ele também se alimenta de frutas. Mas tem o corpo peludo de morcego e o bico adunco de coruja.

Jurupari sentiu a presença de Aguiri e, sem maiores dificuldades, o localizou no oco da grande árvore. Atacou-o de pronto, sem permitir que pudesse esboçar qualquer defesa.

De noite, os pais e todas as mães que admiravam Aguiri ficaram cheios de preocupação. Ninguém conseguiu pregar o olho. Mal o sol raiou, os homens saíram pela mata afora em busca do menino. Depois de muito vaguear daqui e dali, finalmente encontraram seu cesto, cheio de frutas que ficaram intocadas. E no oco da grande árvore deram com o corpo já frio de Aguiri. Havia sido morto pelo terrível Jurupari, o espírito malfazejo.

Foi um lamento só. Especialmente choravam os curumins, seus colegas de folguedos. Ficaram inconsoláveis. Eis que se ouviu no céu um grande trovão e um raio iluminou o corpo de Aguiri. Todos gritaram: – É Tupã que se apiedou de nós. Ele vai nos devolver o menino.

Nisso se ouviu uma voz do céu, que dizia suavemente: – Tomem os olhos de Aguiri e os plantem ao pé de uma árvore seca. Reguem esses olhos com as lágrimas dos coleguinhas. Elas farão germinar uma planta que trará felicidade a todos. Quem provar o seu suco, sentirá as energias renovadas e se encherá de entusiasmo para manter-se desperto e poder trabalhar incansavelmente. E assim foi feito.

Tempos depois, nasceu uma árvore, cujos frutos tinham forma dos olhos bonitos e espertos de Aguiri. Fazendo do fruto um suco delicioso, todos da tribo sentiram grande energia e excitação.

Deram, então, àquela fruta, em homenagem ao curumim Aguiri, o nome de Guaraná, que em língua tupi significa “árvore da vida e da vitalidade”.

E até os dias de hoje se toma Guaraná em muitos lugares do mundo, comprovando ser um dos mais saborosos sucos extraídos de sementes que existem na natureza e um revitalizador incomparável das energias vitais.

Retirado do livro “O Casamento entre o céu e a terra” de Leonardo Boff


Escrito por Mãe Mônica Caraccio
Retirado do site: http://www.minhaumbanda.com.br/

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Nosso Lar



Considerações da Psicóloga Sandra Mussi* sobre o Filme Nosso lar

"Como Psicóloga e constante estudante da alma,
a busca dessa viagem interior é minha mola motivadora
no caminho do autoconhecimento"

Sobre o filme Nosso Lar!

Como a gente diz por aqui, WOW!!!!!
Tive a grande honra e prazer de assistir ao filme "Nosso Lar" que estreará em 03/Setembro/2010.
Minha viagem ontem, ao assistir o filme, foi espetacular. Quantas lições!!!

Eu fiquei encantada em como pude me perceber nos personagens podendo assim experienciar emoções e valores tão engenhosamente criados na tela. Com a ajuda de André Luiz e desta produção espetacular, caminhei na minha própria estrada de encontro ao "Meu Lar" e ao "Meu Umbral".

Como Psicóloga e constante estudante da alma, a busca dessa viagem interior é minha mola motivadora no caminho do autoconhecimento.

Para aqueles que já leram o livro e conhecem sua mensagem de tolerância e amor, o filme traz imagens inesquecíveis que materializam nossa imaginação, enriquecem nossa apreciação pelas mensagens trazidas a nós por André Luiz. Quem não conhece a obra será presenteado com uma narrativa clara, que sutilmente ensina os fundamentos da mensagem Espirita através da jornada de um espirito.

A representação visual contrastante entre o umbral e o Nosso Lar coloca em grande perspectiva a nossa dualidade espiritual, mental e emocional. Essa realidade interna do equilíbrio e desequilíbrio, entre o amor e o ódio, entre a paz e a guerra tão bem representada pelo ator Renato Prieto, nos faz reconhecer o nosso atual estado evolutivo, nossas fragilidades e limitações. Escolher ver a "normalidade" das nossas imperfeições de condição humana em busca da luz é aceitar de forma natural nosso crescimento.

O filme Nosso Lar, me proporcionou o encontro com essa realidade e me fez refletir onde estou e para onde quero ir.
Estar aberta para essa escolha é uma fonte energizadora de liberdade e de exercício em busca da felicidade e realização pessoal.

As cenas do hospital da colônia Nosso Lar nos traz a tranquilidade interna do silêncio, expulsa os barulhos da mente para que a quietude interna proporcione o ambiente necessário ao encontro com nossa essência e a fonte das leis divinas. Mais uma vez, o filme nos leva a refletir no poder do silêncio. A "água medicamentosa" foi o agente desse processo.

A trilha sonora composta pelo gênio da música considerado um dos compositores mais influentes do século 20, Philip Glass, constantemente nos convida a tecer suaves cordas vibracionais do nosso intimo com a arte divina.
Nas cenas musicais do filme uma nova oportunidade de experienciar a harmonia, fazendo-nos mergulhar em sensações de alegria, quietude e união.

O filme nos traz uma mensagem de otimismo e esperança. As emoções vivenciadas pelos atores traz ao telespectador sentimentos verdadeiros e sinceros, fazendo com que o filme seja uma conexão constante.

Morando no exterior a mais de 20 anos, "viajei" com Andre Luiz - O retorno dele ao Lar na Terra, é muitas vezes meu retorno a Pátria querida. Cenas tão emocionantes que me instigaram ao exercício do desapego. Como André Luiz, ao não aceitarmos as mudanças da nossa realidade perdemos a conexão interna.

Ao nos desapegarmos deixamos de viver a ansiedade da separação e assim nos abrimos para a conexão maior, a do entendimento que somos todos ligados uns aos outros, somos UM SÓ através do AMOR! A doutrina da reencarnação faz com que possamos exercitar a fraternidade, estender nossas afeições além dos laços do sangue, nos laços imperecíveis do Espírito.

Acredito que o cinema brasileiro enriqueceu com a grande direção de Wagner Assis que se estabeleceu como um grande "médium" das belezas eternas. Com certeza esse é um filme para se assistir muitas vezes. Estarei levando meus filhos e meus amigos e recomendando a todos aqueles que buscam a paz e o encontro com o Divino.

Obrigada Wagner e a toda a equipe que me proporcionaram essa viagem tão bonita!
Obrigada André Luiz! Obrigada Chico!

Sandra Mussi
Psicóloga e Psicoterapeuta
Presidente Conselho Espirita Canadense




Francisco de Assis: " un solo raggio di sole e' sufficiente per cancellare milioni d'ombre"
Tradução: "É suficiente un unico raio de sol para apagar milhões de sombras"